TETE NO MEU TEMPO: julho 2012

sábado, 21 de julho de 2012

Mulher e as rugas idade

Duas negras perolas, que são raras,

...são os teus olhos,

Enriquecidas pelas rugas da idade

Como gosto de vê-las, quando sorris.

..são uma brochura

de cartas de amor,

histórias, passagens..

momentos de sonho e de delírios

São esposa, mãe.... onde estiver

são felicidade, amor... e martírios

Nunca as disfarces... MULHER

quarta-feira, 18 de julho de 2012

TERRA PERFUMADA

Cheira-me a pó de terra vermelha,
A rio forte que corre velozmente,
Cheira-me á florescencia da mangueira
A pêra goiaba....... a maçaniqueira

Cheira-me a chuva diáfana e bondosa
e sinto encostado ao embondeiro
a narureza, o alimentar da minha alma.

Deixem-me ficar assim absorto
Aqui, onde a vida me ofereceu
A terra que viu nascer ,
Tudo o que sou e tudo o que é meu.

OBRIGADO PELA VISITA

Sexta-feira, 30 de Novembro de 2012 TETE EM 1887 Tete é das provincias de Moçambique que mais história contem . A cidade vista da ilha Canhimbe ou Galinhas( porquê) nesta bela descrição de 1887 "A vila de Tete e a serra Caroeira, vistas da ilha Canhimbe Este desenho abranje, qiiasi com toda a sua extensão, os edifícios principais da villa de Tete, que podem ser vistos de meio do rio, onde se acha a ilha Canhimbe ou das Galinhas. O terreno onde assenta a villa de Tete é formado de longas linhas de cumiadas parallelas á margem do rio, separadas entre si por sulcos mais ou menos fundos onde a agua penetra nas cheias, separando entre si completamente as diversas elevações. Marchando da margem para o interior em direcção á serra Caroei ra, a ultima e também a mais importante elevação e aquella onde está levantado o forte de D. Luiz I, construído pelo governador Barahona e Costa, a ultima depressão que alaga nas cheias fica entre o forte e a serra Coroeira, e forma uma larga lagoa. Em consequência desta circumstancia as casas são edificadas nas cumiadas, e as ruas nas depressões. O terreno é geralmente pedregoso e árido. Fora do desenho e na esquerda d''elle está a praça de S. Thiago Maior, edifício antigo, mas insignificante e arruinado. Seguindo para montante, sempre da esquerda para a direita, vemos no desenho as casas de Anacleto Nunes, a igreja de S. Thiago Maior, a casa de Francisco Marques, a dos padres jesuítas, a de José de Araújo Lobo capitão mór do Zumbo, a de Cari Wiese negociante allemão, o edificio começado ha treze annos para residência do governo, e depois cedido á camará municipal para ella concluir e apropriar para paços do concelho, o telhado da casa de José Pereira de Carvalho, a casa da camará municipal e gabinete da sociedade litteraria, a residência do governo do districto, com apparencia nobre e de primeiro andar, e tendo as prisões no rez do chão, as casas da Nhanha Joanna, e a do capitão mór de Tete João Martins. Mais á direita vè-se junto á margem o cemitério, e mais dentro na elevação o forte de D. Luiz, e dominando todo o extremo direito do desenho a serra Caroeira com o seu curioso aspecto de degraus irregulares. Destes edifícios, as casas de Anacleto Nunes, a igreja, as casas de Araújo Lobo, e de Wiese estão na primeira linha de cumiada, junto á margem. As de Francisco Marques, dos padres, antiga residência, casa da camará e da sociedade, residência do governo e da Nhanha Joanna, estão na segunda linha de cumiada, e separadas da precedente pela primeira e principal rua. A de Pereira de Carvalho faz frente para a segunda depressão, e a de João Martins faz igual- mente frente para o segundo sulco, mas do lado opposto. Alem das casas que se avistam ha muitas outras também de pedra e cal, e innumeraveis palhotas, principalmente arrumadas na extrema direita da villa em uma encosta. As ruas da villa são bem alinhadas com renques de quizupa pequeno arbusto da familia das crassolaceas), mas têem pouca arborização por não se prestar a isso o terreno ingrato e árido. Hoje ha illuminação a petróleo. Fonte:(Inet Archive)sic.