terça-feira, 9 de junho de 2009
RUA EZEQUIEL BETTENCOURT
Tete- Gaiata morena de lábios doces..
........das ruas mais agradáveis e simpáticas de percorrer era a Ezequiel Bettencourt. .... um livro aberto do progresso lento, que a cidade tivera e de repente disparou, controladamente,.... bordando-se de lindas residências de arquitectura dos anos sessenta.
O dia estava chuvoso, mas quente como quente era o coração das gentes tetenses. Depois de ter visitado o Lar do Estudante, para acertar problemas relacionados com o hóquei, segui pela rua acima. Por mais importância que dêem á avenida principal, a Gen. Bettencourt, a rua Ezequiel de mesmo sobrenome, era a verdadeira coluna vertical da cidade. As duas artérias perpendiculares ao rio , a Av. António Enes e a R. Freire Andrade, encontravam-se com ela em dois pontos cruciais . O cruzamento com a primeira, era emoldurado com edifícios modernos em três esquinas, na quarta um velha, histórica e belíssima vivenda colonial, conhecida pela casa do juiz. Com a segunda a Freire de Andrade, expressava bem, os tempos de outros modernismos nos edifícios simples ,arejados e funcionais onde atento ao cliente o Centro Comercial de Tete, outrora o comercio do Cerejo, olhava a outra esquina do Bar Central, mais conhecido por Melo, refrescava o mesmo cliente. Completava o sitio, o jardim, pequeno, cuidado e orgulhoso das lindas flores que mostrava com vaidade ao visitante....... a desfigurar esta maravilha, na quarta esquina, um quebra cabeças, a Repartição da Fazenda.....
Chovia. Havia compras a fazer, sugeri á família esta zona da rua, entre os dois cruzamentos.... até porque era ali que também se costumava fazer.
Parei frente á Bracarense, a pastelaria mais recente da cidade, pedi um café.... li e reli "A Tribuna" do dia anterior, enquanto a família corria as lojas, obrigatòriamente a Casa Benfica, não por amor clubista, mas pela amizade e simpatia da sempre prestável D. Amina..... a Casa Beirão onde a frescura das hortaliças e da fruta nos chamavam.
A chuva começava a engrossar. e lavava-me destiladamente o carro. Como eu gostava de a ver!... o cheiro que provocava e subia ,por nós acima,da terra chão como um remédio reconfortante... queria sentir bem essa graça da natureza e dei um giro ... espreitei a Foto Flash do João(Kodak), pouco risonho mas conversador , bom homem que estava no atendimento....cumprimentei os sempre atarefados da DETA e dei um alô ao Sousa do Talho. Quando me preparava para continuar a chuva parou e as compras na Casa Geninha também.
Regressamos ao carro. A música "Vim da montanha..para a Cidade" do conjunto João Paulo ajudou-nos a avançar lentamente... ainda não nos tínhamos aproximado do fim da rua a chuva regressava... caía forte, como que a acompanhar a mudança de ritmo que enchia o carro "Elisa ué...Elisa uá" do duo que marcou uma época o Ouro Negro.
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