sexta-feira, 5 de junho de 2009
´E BOM SABER
"por pouco que Tete, um dos mais antigos assentamentos portugueses no interior de Moçambique,.... só foi elevada a cidade em 1959...
Já, muito antes da chegada dos portugueses, as terras do Alto Zambese, onde se situa Tete, tinham fama de possuir ouro. E os Ãrabes então, percorriam as feiras onde se transaccionava o preciso metal... Isso fez com que ao longo do rio florescessem, em apoio ao comércio, centros urbanos, acabando estes por prática funcionarem como extensão da costa marítima e do seu padrão de laços comerciais e sociais. Em finais do sécculo XV dois destes portos comerciais disputavam a primazia:
Sena, que servia as regões de Manica e Barué; e TETE, situada para lá do disfiladeiro de Lupata, servindo as feiras da Mazoe e monte Darwin.
TETE á semelhança de Moçambique(ilha), Quelimane, Sena e Sofala, ... foi das primeiras povoações ocupadas pelos portugueses no século XVI.Faz parte dos entrepostos da velha colonização portuguesa ...tanto assim que quando, em 1761, TETE foi elevada á categoria de vila ---Lourenço Marques-- ainda nem sequer tinha estatuto de presidio.
Segundo cronistas de Quinhentos : ""a capitania do assentamento de Tete era muito cobiçada pelos homens casados da zona, de entre os quais o capitão, costuma ser escolhido, competindo-lhe recompensar o capitão de Moçaambique pela escolha"" Este facto atesta bem a importância do seu comercio.
Segundo a tradição, a povoação de Tete foi fundada numa ilha do Zambese, mas devido ao assoreamento do rio no canal que circundava a ilha, Tete ficou assente na margem direita do Zambese. O canal que assoreou, e que ainda hoje nas enchentes conduz bastante água, foi dado o nome de Vale das Donas, onde a população autóctone da vila fazia as suas culturas, porque o nateiro arrastado pelas águas tornava a terra mais fertil. A vila foi construida numa pequena elevação.... argilosa a rochosa ... a variedade de cotas impediram a arborização e a terraplanagem das ruas e travessas...por isso, até ao ultimo quartel do século XIX não havia senão carreiros para serem percorridos a pé, transpostos por cima de penedos e através de covas." (sic)
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