sábado, 27 de junho de 2009

De Tete gaiata morena de lábios doces...



O bart562

...os movimentos independentistas de Moçambique começaram a ter a sua força com o inicio da luta armada pelos anos de 1964 .
...Portugal como colonizador e governado por uma ditadura , não teve a inteligência de, pelo menos olhar para o lado e encontrar uma solução pacifica. A “ideia genial” foi enviar tropas para uma imensidão de território a milhares de quilómetros, para combater, sem entrementes haver um dialogo negociador.

O desenlaçe era previsivel....

Jovens simpáticos que difundiram com alegria a simpatia do povo das diversas províncias de Portugal e espalharam amizade , amando aquela terra, de mente lusa, onde muitos se radicaram.

Em Dezembro de 1963 , Tete e o Batalhão tiveram a sorte de se encontrarem e durante dois anos conviverem . Trocaram simpatias cada qual á a sua maneira. A cidade, abriu as portas e ordenou ás acácias para florirem e ao Zambeze que abrisse os braços para darem as boas vindas a quem,atravessava o grande rio e vinha por bem. Para a população num primeiro contacto era alguém que já se conhecia há longos anos. A sociedade constituída aceita-o como se tratasse de um filho que foi e voltou. Os clubes afiliaram-no e o comercio dava-lhe as boas vindas, com o crédito que merece a boa gente.
O bart estava emocionado com tão boa recepção. Tinha que retribuir e ordenou aos seus elementos que convivessem com toda a cidade , sem discriminação de classe credo ou raça, Obedeceram e aplicaram-se em todas as áreas culturais e sociais.
A sua presença era constante,quase obrigatória, em todos os cantos da cidade . No cinema, fosse á noite ou á matinée de fim de semana. No futebol cedendo jogadores de alto gabarito. No ensino com professores qualificados.No teatro com actores que faziam inveja ao profissionais.
Na imprensa com jornal, tirado a stencil, mas cheio de noticias fresquinhas da cidade.




Na musica com conjunto que animava as festas nos clubes , causador de pé de dança namoriqueiro. No mato com apoio social e cultutal,ensinando a ler e a escrever, ás populações mais afastadas e carenciadas.

O bart entendeu-se bem com Tete , tratavam-se por tu e em cada evento lá estavam os dois, como que casados, a organizarem e a divertiram-se numa união de lua de mel invejável.
Tete, gaiata morena de lábios doces, fizera vestido novo para ir ao clube festejar a passagem de ano e o Bart de fato novo , fiel ao casamento, apareceu com os seus companheiros para acertar os pares e a musica em conjunto que tocava até que a “Alvorada” se levantasse em mais um dia cálido de verão.












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