terça-feira, 4 de março de 2014

PELO DESVIO DO MAZOI

....  viajar até à Beira ou Harare, tetense tinha que primeiro adquirir boa disposição e estar devidamente "programado" para enfrentar a trepidação  da estrada.Antes do asfalto, as pontes começaram a nascer no seu devido lugar e altura. Não houve nenhuma com nascimento prematuro. A que pareceu ter dois períodos de gravidez foi a do Rio Mazoi. Ao lado para que o turista tivesse mais consciência da real natureza, colocaram um desvio. Desvio histórico e cheio de peripécias que dariam  grande reportagem para jornalista criativo e apaixonante Toda a gente era obrigado a conhecer o ...desvio do mazoi.... nem o rio encontraria o  Zambeze se não levasse a mensagem cheia de vernáculos de  étimo;-  latino e  nhungwe.  Provocador, oferecia ao motorista mcurros de diversas alturas e em estilo de ondulação  marítima . Pela chuva, divertia-se á brava, com o patinar no matope sedoso que só pau do mato ajudava o fim do festival . Passado o percurso de recreio, o turista , tinha a sua passagem ao longo da estrada, as aldeias típicas em cenários maravilhosas de arborização ou de machambas  de sobrevivência.Não faltava o adeus shamwari do mwana risonho, alegre que empurrava o carrinho de arame, cópia meticulosa de carro que por ali passasse 







Chegados á Changara deitava-se a quinhenta ao ar, na escolha de itinerário para a capital do Zimbabwe (então Rhodesia). Via  Machipanda  ou via Nyamapanda . Se pela primeira admirava toda a maravilha do planalto do Chimoio e Serra de Vumba pela segunda encontrava uma vida mais selvagem em caminho  mais curto. 
A moeda  deu a  face da segunda. Nos quilometros entre Changara e Nyamapanda, cruzava-se com os TIR que iam a caminho do Malawi. carregados de mercadorias. Eram várias as companhias que faziam essa ligação Harare/Blantyre e vice versa. Havia sempre uma saudação deixavando-nos mais seguros em caso de avaria. 
Animais selvagens também era comum avistarem-se e vez houve que tivemos que abrandar e lentamente afastarmos-nos dum bando de macacos (cães) que pacificamente faziam uma "manifestação" no meio do caminho deste mini safari.
 Atravessada a fronteira tudo mudava. As estradas asfaltadas, as bermas bem assinaladas com o capim cortado, aqui e acolá, um espaço onde se poderia parar e cuidarmos das nossas necessidades.











O primeiro burgo a nos receber era o Mutoko.





Uma city bem arrumada, comercial e interessante.  Atestava-se o deposito,refrescava-se pois ainda faltavam uns bons kilometros para chegarmos ao Harare (ex-Salisbury). Até lá admiravamos as belas fazendas e as aldeias de casas que, já,caracterizavam a região. Hospedados na bela metrople capital da "suiça africana" esperava-nos uns dias de  civilização diferente............







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