quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ARTE

Os trabalhos em pau preto, eram muito procurados para levar como recordação. Tete, não tinha um centro onde os artesãos os pudessem comercializar . O candeeiro em trança , a bengala, o terço, o cinzeiro de pé alto , cama de efeitos torneados ao gosto do comprador e muitos outros utensílios.

Havia um artefacto que me enchia as medidas.
A aldeia indígena.
Já não me lembro de quantas peças era composta ou se havia uma quantidade padrão. Sei que eram muitas; a palhota, pilão, copos, a palmeira, panela de trempe , a cadeira de encosto e o banco de pé alto; os tambores e os animais; parte da fonte de sustento da aldeia. Eu tinha uma , com as vicissitudes da vida se foi desmembrando ... Restam-me tão poucas que os guardo , não como um “recuerdo”, mas como objectos de arte. Arte porque tudo era feito sem as máquinas de agora, manuseada, em esforço, com engenhos rústicos e onde não faltava imaginação .Reprodução do comum que fazia parte da aldeia.

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